Análises de DNA desvendam origem do povo da ilha de Creta
A civilização mais antiga da Europa acaba de perder parte da sua aura de mistério, graças a análises de DNA.
Os novos dados genéticos sugerem que os minoicos, construtores de palácios na ilha de Creta, eram aparentados aos atuais habitantes da Grécia e a outros mediterrâneos, como os portugueses.
O resultado surpreende porque, desde a descoberta dos palácios minoicos no começo do século passado, os arqueólogos tendiam a enxergar a civilização de Creta como totalmente diferente dos gregos que vieram depois.
Para o britânico Sir Arthur John Evans (1851-1941), responsável por escavar a metrópole cretense de Knossos, a arte e a arquitetura do lugar sugeriam influências do Egito e da Líbia.
Apesar disso, Evans batizou os construtores de Knossos com um nome inspirado na mitologia grega. É que Minos, para os gregos, era o nome de um rei mítico de Creta, e as salas do palácio de Knossos lembravam, para Evans, o labirinto no qual, segundo o mito, vivia o Minotauro, monstro com cabeça de touro e corpo humano.
Pinturas minoicas mostram uma espécie de tourada, na qual acrobatas saltavam por cima dos animais. Estudos posteriores mostraram que a civilização floresceu de 2700 a.C. a 1500 a.C.