Cientistas usam esperma congelado para engravidar elefanta na Áustria
Cientistas conseguiram pela primeira vez engravidar uma elefanta usando esperma congelado.
A equipe do zoológico Schoenbrunn, de Viena (Áustria), mostrou imagens de ultrassom do feto ontem durante uma entrevista nesta terça (14).
O exame mostra um embrião de 10,6 cm, com cinco meses, já com tromba, pernas, olhos e orelhas facilmente reconhecíveis.
Heinz-Peter Bader/Reuters | ||
Dagmar Schratter, diretora do zoológico Schoenbrunn, na Áustria, mostra ultrassom de feto de elefante |
Reuters | ||
Detalhe do ultrassom do feto de elefante aos 5 meses de gestação, já com tromba, pernas e orelhas reconhecíveis |
O ultrassom foi feito em abril. Agora, o feto já deve ter 20 cm. A mãe, a elefanta Tonga, de 26 anos, deve ter o bebê em agosto do ano que vem --a gestação leva cerca de 630 dias.
A fertilização de elefantes com esperma fresco ou refrigerado já havia sido feita para tentar preservar espécies ameaçadas. Mas o esperma congelado usado agora permite o transporte a distâncias maiores. Além disso, a preservação facilita esperar o período mais fértil da fêmea.
A operação de coleta do esperma, de um elefante na África do Sul, ficou conhecida como "Dumbo congelado".
Participaram do projeto o zoo Schoenbrunn, o Instituto Leibniz de Berlim, o zoológico Beauval, da França, e o de Pittsburgh, nos EUA.
As espécies africanas e asiáticas de elefantes estão ameaçadas de extinção, por caça e exploração do marfim, além da destruição do habitat dos bichos.
"A inseminação artificial com esperma de um elefante selvagem é uma chance de enriquecer a variabilidade genética e conservar a espécie", afirmou Dagmar Schratter, diretora do zoológico austríaco.