Segundo informa nesta segunda-feira a imprensa local, a equipe responsável pela descoberta, comandada pelos pesquisadores Deng Tao e Wang Xiaoming, pertencentes à Academia de Ciências Sociais da China, assegurou que o animal achado pôde ter vivido há 3,7 milhões de anos.
Se a datação estiver correta, este antepassado do rinoceronte lanudo, chamado Coelodonta thibetana, mostraria as primeiras adaptações ao frio em um animal destas características, tais como o pelo longo e as estruturas para varrer a neve.
Segundo os cientistas, este animal se situa em algum ponto entre o Plioceno médio (há 3,7 milhões de anos), era na qual apareceu o primeiro hominídeo reconhecível, o Australopiteco, e o Pleistoceno (há 2,8 milhões de anos), período no qual numerosas espécies se extinguiram devido às glaciações.
Após a descoberta deste exemplar de rinoceronte lanudo, os pesquisadores continuam com os trabalhos neste campo, já que se acredita que o animal poderia não ser o único mamífero adaptado à esta era na região tibetana.
Segundo Deng Tao, poderia se afirmar que o rinoceronte lanudo, da mesma forma que outros como o mamute lanudo, "evoluíram pela primeira vez no Tibete", hipótese que desloca algumas anteriores, as quais afirmavam que esta fauna se originou em zonas árticas.
No entanto, até o momento não foram encontrados restos que permitam afirmar de forma conclusiva qual seria a origem destas espécies já que, embora a descoberta feita no Tibete mostre os representantes mais primitivos, se sabe que existem vários períodos anteriores, mas, por enquanto, com poucas evidências.